Dá vontade...

…
Dá vontade de sentir tristeza, de colocar no semblante uma expressão de vencido, jazido e rendido a algo. Algo que estimule um desvio daquilo que não se é… mas se vai sendo.
Dá vontade de carregar tudo o que vamos deixando para depois. De pegar em cada ausência, chorá-la um pouco e acreditar que é possível concretizá-la fora de tempo.
Dá vontade de fechar portas como quem esmaga muros… e aí parecer que se está a abrir as portas ao mundo. Este, esse fingido por fronteiras que fortalecem a vergonha de abrir portas ao próprio.
Dá vontade de lamentar, lacrimejar saudade como quem chora vidas não vividas… dá vontade de suspirar remorso por todas as vezes em que cantámos “embora doa”… como se nenhuma dor pesasse o suficiente para um movimento, um gesto.
Dá vontade… deseja-se beber um tónico transcendente como se este pudesse aprofundar-nos em tudo isso!
Dá vontade… Almeja-se a sensação de conseguir olhar aí de cima, apenas e somente para cair com o olhar em cada insignificância que somos e habitamos… apetece sentir essa ignorância em que se fabricam batalhas para conquistas sem vitorioso nem dono.
Dá vontade de aliviar a dor com a lágrima que a alimenta… e bebê-la, como quem se alimenta na própria dor.
Mais do que voltar atrás, dá vontade de mudar...
mas o teu perfume ainda me faz esquecer os maus cheiros... e a vontade morre ali mesmo.
…
4 Comentários:
É ser...
Tipo um peido...
a mim ta-me a dar vontade de gasear como disse o pikos
xiça... vocês matam a minha seriedade!
Está uma pessoa a falar de coisas profundas e tal e pimba e coiso... mas vocês só gostam de mim para axincalhar.
Vão-safonso!
Mas sim... entenderam o sentido da coisa... são os peidos.
:)
Peido em alerta máximo
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