sábado, agosto 16, 2008

Xicoriar Sentidos


Há coisas difíceis de esquecermos, talvez porque não as trazemos senão no pensamento. Por isso, vou fugindo a cada passo que não dás, como se a simples ausência de um à frente fosse um dado atrás.
Solta-se então um poeta que nos grita… que chora, urge em se fazer viver. Liberta-se uma expressão quase sem forma possível de se exprimir. É então que um suspiro precede o abanão definitivo. Aquele, este que risca e procura apagar o escondido, sofrido, fingido e banido. Tenho sofrido, escondido de mim. Tenho fingido, banindo o que restou em mim.
Tenho até sorrido, em brilharetes que me deleitam momentaneamente e te apagam facilmente. Mas, como todos os fantasmas, voltas quando estou mais frágil. Soltas de mim tudo o que me eleva o sabor e deixas-me atado com cordas de ventos sem rumo.
Porque não passas para dizer adeus? Para que paras se nunca ficas? Porque vens, se vais sempre? Para que voltas se nunca estás? Vai… não voltes e deixa de aparecer. Procura-me inventando-me apenas, mas não me encontres, … porque amanhã deixarei de acreditar em fantasmas e então deixarás de existir no meu pensamento… e aí esqueci-te.
É-me difícil esquecer-te, talvez porque não existes senão no meu pensamento.
Soubesse eu um pouco mais e dir-te-ia como és, fantasma. Mas, tal como as cores não se resumem ao preto e ao branco, nem tudo é bom ou mau… por isso não sei se me fazes bem ou mal. De ambos um pouco, presumo. Fazes-me confundir as sombras com a realidade. Nem sei se fazes parte de alguma, ou se és pintura, arte apenas. Mas, cego vejo mais. Nego, quero mais! A uma vida que não chega, hei-de somar-lhe a tua ausência. Até lá, hei-de aprender a conviver com essa tua aparência de fantasma, sua mera medonha criação da felicidade que desilude por não o ser. Quanto de bom? Quanto de mau? O suficiente para, definitivamente e num acto de pleno afastamento de rancor, dizer-te “deixa-me”,
Hei-de ser sem ti.
E vou ser! E ando a ser! E isto é que é ser!
E eis que me apetece axincalhar! Mandar-teafonso! Ver terrenos! Conduzir camiões e ser co-pitolo de quem os conduz! Ahhh….. como é bom sentir-me aceso! Uma cãimbra! Ai mamã! Como é bom viver com doce de mamas e respirar pute ambience aqui e ali!
Merci a todos aqueles que compreendem a seriedade e bondade de axincalhar. Axincalhar é bom… e não é pouco… e não é muito! É bastante!!
Enfim… caguemos pras cenas e pro segredo de justiça sempre que necessário, porque as pkarruxas são xicorianas. E as xicorianas... serão pkarruxas?!
Uma coisa não tem a ver com outra... mas tudo tem a ver com tudo. E tudo está ligado, porque eu sou um connect.

Dedico este post ao sentido axincalhatório das coisas, que dá nexo às coisas.
Jacques Motari Bull

5 Comentários:

Às sábado, agosto 16, 2008 4:24:00 da tarde , Blogger Jerónimo disse...

Por momentos tive esperança de que chegasses ao fim do texto sem axincalhar, mas eis senão quando o axincalhamento surge, propaga-se para além da página que é lida e sentida.

Eu, como companheiro de viagens perdidas, encontradas e axincalhadas digo-te: Não tens de quê, irmão...


Pute puro abraço celestial

 
Às sábado, agosto 16, 2008 4:26:00 da tarde , Blogger Gabriel disse...

É um prazer ter-te como companheiro desta vida axincalhatória :)

Pute Puro Abraço xicorial!

 
Às sábado, agosto 16, 2008 5:03:00 da tarde , Blogger lipi disse...

Axincalhar é optimo, e tu nisso és mestre, mas no bom sentido, porque o fazes com classe.
Quanto ao principio do blog sei ao que te referes e estiveste muito bem.

Vote Jacques Motari Bull

 
Às segunda-feira, agosto 18, 2008 10:33:00 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

No meu comentário anterior, queria dizer inicio do Post e não do Blog.

Estás um verdadeiro poeta de alma, acho que te estas a perder nesta vida, marketing não é o teu futuro.

Jackes Motari Bull é um poeta.

Lipi

 
Às sexta-feira, agosto 22, 2008 12:19:00 da tarde , Blogger Gabriel disse...

Achas melhor mudar de ramo?
Em sempre achei que marketing é tudo... :)
Mas se achares melhor vou-me afonso.

Vamos fazer um referendo sobre o meu futuro?

 

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