“A verdade é que o Mundo nunca se sentiu tão só…”

“A verdade é que o Mundo nunca se sentiu tão só…”

Coloco-lhe as aspas mas, se não me engano, esta frase é mesmo minha. Coloco-as porque é como se não o fosse. Parece que é alguém sempre a dizer-me isto… baixinho… ao ouvido da mente. E então dá-me vontade de pronunciá-la, com paixão e voz de poeta… com um ar de razão a que nenhum coração se intrometa!
Mas… qual verdade? Qual Mundo? Qual solidão? Teria mesmo muito gosto em poder desenvolver a minha própria frase, em justificá-la… em permitir às suas palavras que me beijem… mas a verdade é que não sei por onde lhe pegar.
Talvez a verdade seja um momento derradeiro. Talvez o Mundo seja outro que o figurado. Talvez a solidão seja um modo de partilha.


...quem me dera poder mostrar ao mundo como ele ri… orgulhoso das suas lágrimas…